Autora:
Isabel Monteiro
Coordenador Pedagógica, SGS Academy
Saiba como a formação contínua, com o foco no reskilling e upskilling, pode melhorar a cultura empresarial e o bem-estar dos colaboradores.
Nunca como agora a formação contínua teve um peso tão grande ou foi tão importante para o mundo empresarial, ainda que muitas organizações possam não se ter apercebido deste facto. Trata-se de uma forma de minimizar os custos e de aproveitar ao máximo o talento disponível, seja através do reskilling ou do upskilling, duas táticas diferentes, mas que conseguem colmatar lacunas não só ao nível da escassez de competências, mas também de recursos humanos.
Há quatro anos, o Fórum Económico Mundial afirmava que o mundo se encontrava à beira de uma emergência de reskilling, ou seja, de requalificação, resultado dos avanços das tecnologias da 4.ª Revolução Industrial. Ao todo, estimava-se que mais de mil milhões de pessoas tivessem de ser requalificadas até 2030, sob pena de perderem o seu trabalho.
O que é reskilling e qual o seu papel na formação contínua?
É a evolução dos empregos e, consequentemente, das competências necessárias para os realizar, que dá resposta a esta questão. E não estamos a falar apenas dos avanços tecnológicos, com a sua exigência de competências altamente técnicas ou científicas, mas também da necessidade crescente de ‘skills’ como criatividade, colaboração ou dinâmica interpessoal, assim como aquelas relacionadas com as vendas especializadas, recursos humanos, cuidados e educação.
O reskilling, ou requalificação, é uma estratégia que pode ser usada pelas empresas para aumentarem as competências dos colaboradores, permitindo que estes assumam novas responsabilidades ou ocupem novos cargos, realizando diferentes funções. Por exemplo, quando um sistema de produção muda de manual para mecânico, os trabalhadores terão de ser requalificados para aprenderem a operar as novas máquinas.
O reskilling permite:
- expandir as funções e competências da empresa;
- melhorar a versatilidade;
- reduzir o tempo e os custos de contratação de novos colaboradores;
- reter os melhores colaboradores.
Upskilling, o outro lado da formação
Além da requalificação, há ainda outra forma de formação contínua que pode beneficiar empregadores e empregados: o upskilling. Aqui, trata-se de desenvolver um conjunto de competências já existentes, que se podem tornar um passaporte para a mudança, seja para um cargo superior ou para uma função mais relevante.
E ainda que esta possa ser uma decisão dos funcionários, em busca de um maior desenvolvimento profissional, pode - e deve - também ser incentivada pelas empresas, uma vez vai permitir que a valorização pessoa. Uma valorização que importa cada vez mais e que pode mesmo ser determinante para a continuação da pessoa na empresa.
Um estudo feito pela consultora McKinsey mostra que 40% dos trabalhadores pensam deixar os seus empregos no prazo de três a seis meses. E quando questionados sobre o porquê desta intenção, é a falta de oportunidades para aprender coisas novas ou o facto de acharem o seu trabalho interessante e desafiante que o justifica.
A melhoria das competências não só tem a capacidade de elevar o moral, como pode ainda fomentar o aumento da produtividade e gerar uma poupança nos custos de recrutamento, assim como garantir uma força de trabalho adaptável, flexível e ágil.
Do lado dos colaboradores, o upskilling pode ajudar no desenvolvimento de competências na área da inteligência emocional, do autocuidado, resiliência e desenvolvimento pessoal, essenciais sobretudo num mundo laboral onde o bem-estar emocional e a saúde mental ganham um peso cada vez maior.
Razões de sobra para levar as empresas a apostar neste tipo de formação, que tem ainda o potencial de melhorar a sua reputação no que diz respeito ao contributo dado em prol de uma melhor cultura empresarial e que pode facilitar a atração e retenção de talentos.
Vantagens do reskilling:
- incentivar um progresso em direção às metas;
- manter a competitividade no mercado de trabalho;
- melhorar o nível salarial;
- permitir uma continuação do autoaperfeiçoamento.
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